Na continuação da primeira parte do artigo referente às tendências tecnológicas, é dado seguimento ao tema, desvendando as restantes tendências que irão marcar o presente ano.
A empresa de software Check Point identifica os principais desafios de segurança para as empresas no próximo ano, agrupadas em quatro categorias: Malware e Phishing; Hacktivismo; Regulamentos Governamentais Emergentes e Consolidação da Segurança.
Aumento do Malware e Explorações de Hacking
O Ransomware, principal forma de Malware, foi considerada a grande ameaça para as organizações em 2022. A má notícia é que continuará a evoluir, e a crescer. Já relativamente ao Phishing, este não se focará só nas contas de correio eletrónico, mas irá expandir-se para as ferramentas de colaboração comercial, como o Teams, Slack, Google Drive, meios vantajosos na medida em que são uma rica fonte de dados sensíveis e os colaboradores continuam a trabalhar remotamente.
Evolução do Hacktivismo e dos Deepfakes
O hacktivismo tem vindo a evoluir, passando de grupos sociais com agendas flexíveis (como o famoso grupo Anonymous), para grupos apoiados a partir de Estados, que são mais organizados, estruturados e sofisticados, que continuarão a crescer este ano. Por sua vez, os deepfakes, tecnologia muito utilizada, especialmente nos Estados Unidos, que visa manipular opiniões ou enganar colaboradores a fim de obter credenciais de acesso, vai desenvolver-se.
Os Governos Reforçam as Medidas de Proteção dos Cidadãos
Surgirão novas leis em torno da violação de dados, novas task forces contra o cibercrime, e a segurança e a privacidade serão obrigatórias por defeito (a indústria automóvel já começou a implementar esta obrigatoriedade, com o propósito de proteger os dados dos proprietários dos veículos. Outras indústrias seguirão o exemplo, responsabilizando os fabricantes por vulnerabilidades nos seus produtos).
Consolidação da Segurança
Reduzir a complexidade, para reduzir riscos. As cibercompetências aumentaram 25% em 2022. No entanto, as equipas de segurança precisam de consolidar as suas infraestruturas de IT e de segurança, a fim de melhorar as suas defesas e reduzir a carga de trabalho, estando à frente das ameaças.
Também a Mulesoft divulgou um relatório apresentando 7 tendências de transformação digital para 2023.
Investimento em Automação
Sublinhado nos últimos 2 anos, em 2023 as empresas esperam conseguir fazer mais com menos, a olharem para um crescimento eficiente, uma produtividade melhorada e uma redução de custos crucial num tempo de incerteza económica.
Programação
O pilar central das entidades para impulsionar a inovação e a agilidade. Ao combinarem estratégias de programação simplificada, como low/no-code, com as tecnologias de hiperautomação, as empresas podem aliviar os constrangimentos das equipas de IT e, ainda, inovar a uma velocidade e escala simplificada e conectada.
Utilizadores Não Técnicos Aceleram a Transformação
Os utilizadores não técnicos vão recorrer a ferramentas de low/no-code e a automação para acelerarem a transformação digital. Também vai ser possível assistir à criação de equipas de fusão, que combinam especialistas em tecnologia e em negócio. Com as ferramentas certas e com supervisão do departamento de IT, estas equipas podem inovar para mitigarem riscos de cibersegurança ou compliance.
Experiência Total
Listada, também, nos últimos 2 anos, 2023 vai ser o ano de maior pressão nas empresas para fornecerem experiências ao cliente simples, que levem ao crescimento, assegurem as receitas e garantam a lealdade dos clientes e colaboradores. Ao combinarem estratégias de Customer Experience e Employee Experience retêm, igualmente, o escasso talento.
Dados
Também frequentemente mencionados, muitas organizações colocam como prioridade a tomada de decisões informadas com base em dados. Em 2023 o foco das empresas passará por criar fábricas de dados que forneçam insights automáticos, informativos e em tempo real.
Cibersegurança
O aumento nesta área advém de um investimento grande, como já mencionado por outras consultoras.
Sustentabilidade
Vai manter-se como um dos maiores desafios da sociedade, sendo crucial que as empresas procurem cadeias de fornecimento com dados e informações integradas, para que acompanhem os padrões de sustentabilidade.
No final, o que deve reter é que, independentemente da tendência, o que importa é utilizar a tecnologia como principal parceiro estratégico para investir na sua organização, que resultará em benefícios para a sua entidade.
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